Queijo Ibores

O queijo de cabra da Extremadura tem nome próprio: Queijo Ibores. É um queijo gordo, com casca semidura, cor marfim, com pimentão ou azeite. O seu nome provém do distrito onde se criam as maiores concentrações de gado caprino na província de Cáceres e onde posteriormente é produzido. Estamos a falar de Ibores, Villuercas, La Jara e Trujillo e das imediações do Geoparque Mundial Unesco Villuercas-Ibores-Jara, reconhecido pela UNESCO pelo seu valor geológico.

O rebanho que constitui a Denominação de Origem Protegida Queijo Ibores é composto pelas raças Serrana, Verata e Retinta, com os respetivos cruzamentos, que são criados em regime extensivo no montado e com vegetação arbustiva. A isso devemos este regalo gastronómico. Ao gado, à paisagem e à maestria dos criadores que se encarregaram de manter a tradição durante séculos.

De igual modo, o elevado valor ecológico do Geoparque Mundial Unesco Villuercas-Ibores-Jara tem muita influência no produto final. O seu clima e orografia fazem com que o gado tenha que se adaptar às duras condições de pastoreio características da zona. Na realidade, isso faz com que as raças produtoras de Queijo Ibores se caracterizem por não ter uma produção láctea elevada, mas sim um elevado conteúdo gordo e proteico.

Para produzir o Queijo Ibores, o leite de cabra é coagulado com coalho animal e, posteriormente, introduzido em moldes cilíndricos submetidos a pressão, alcançando a maturação entre os sessenta e os cem dias.

O resultado é um queijo de aroma suave a moderado, sabor amanteigado, ligeiramente ácido, um pouco picante, ligeiramente salgado e muito agradável ao paladar. O Queijo Ibores é cada vez mais utilizado no mundo da restauração, conferindo um toque de qualidade e de sabor a incontáveis pratos.

A produção é protegida pelo Conselho Regulador da Denominação de Origem Protegida Queijo Ibores.